A agência digital IMS está de olho no aquecido mercado de propaganda digital para redes sociais como Twitter, Foursquare, LinkedIn e aplicativos como Spotify (música) e Waze (trânsito). A companhia quer manter o crescimento de 50% ao ano que obtém neste segmento há quase uma década.
E motivos não faltam. Segundo dados do Interactive Advertising Bureau (IAB Brasil), principal órgão do segmento digital interativo brasileiro, o mercado publicitário nacional na internet em 2013 cresceu 25,9%, movimentando cerca de R$ 5,75 bilhões. Assim, consolida-se como o segundo maior meio em participação no bolo publicitário, ultrapassando jornais e ficando atrás apenas da TV.
No caso do Waze, em particular, se concentram as grandes ações preparadas pela IMS, no intuito de atrair empresas que desejam fisgar clientes, baseando-se em geolocalização.
De acordo com o diretor da operação da agência, Alexandre de Freitas, o grande responsável pelo interesse das empresas em anúncios nessas mídias, é o próprio usuário. “É cada vez maior o tempo que as pessoas passam on-line, em seus dispositivos, navegando entre redes e aplicativos”, diz.
Usuários
Os usuários do Waze (chamados de Wazers) navegam em seus mapas, atualizados o tempo todo e que ajudam motoristas ávidos por fugir do trânsito urbano. O que abre inúmeras possibilidades para os anúncios.
A IMS criou uma ação para o aplicativo de trânsito, que envolveu vários players. Para o Dia da Crianças, a companhia procurou, em nome do Waze, a gigante de entretenimento, Disney. A marca norte-americana pagou para que a voz do personagem Mickey Mouse, orientasse os motoristas, através das coordenadas do app. Em uma campanha de engajamento, o Waze prometia “mais magia” no dia a dia dos motoristas.
O diretor da IMS explica que a Disney não têm lojas próprias no Brasil, logo, os produtos que licencia são comercializados aqui por meio de lojas multimarca. A companhia de entretenimento então fechou acordo para que fosse indicado aos wazers, lojas mais próximas com produtos Disney.
Ações como essa demonstram a montagem de uma cadeia de negócios, através de ideias que possam ampliar o projeto original. “Nós podíamos ter parado na voz do Mickey, mas decidimos fechar o círculo”, conclui Alexandre.
Com o cenário aquecido, a IMS espera continuar a crescer mais de 50% ao ano, como faz há mais de nove anos seguidos, sucesso que não deve diminuir, pelo menos até o fina l de 2015.
E isso só é possível, porque o mercado digital cresce, graças ao intenso uso da internet em dispositivos móveis.
Fonte: DCI – Diário do Comércio Indústria & Serviços/ Por Amauri Vargas